Apesar da ligação do mercado de criptoativos e a tecnologia blockchain ser um dos grandes diferenciais dos NFTs, a China está buscando formas de desvincular o uso de criptomoedas da aquisição de NFTs. Essa medida é resultado da proibição de qualquer transação de criptomoedas, até mesmo o Bitcoin, no país.
No entanto, o país parece aceitar o mercado de NFTs (tokens não fungíveis), desde que esse se restrinja aos limites do mercado fiduciário comum. Sendo assim, a Rede de Serviços baseada em Blockchain (BSN), um projeto internacional de infraestrutura blockchain apoiado pelo governo chinês, está tentando criar a infraestrutura necessária para dar vazão a esse mercado.
Vale lembrar que o país proibiu a utilização de qualquer criptomoeda em setembro de 2021, logo após ter criminalizado a mineração de criptomoedas em julho do mesmo ano. A principal explicação do governo é que a medida vem como uma forma de proteger financeiramente as pessoas, visto que a prática especulativa das criptomoedas “colocam os ativos das pessoas em perigo”. Especialistas atentam ao fato também da nação está desenvolvendo uma criptomoeda própria, o Renminbi digital.
Como será desvinculado uso de criptomoedas da aquisição de NFTs na prática?
De acordo com o especialista, Yifan, será necessário criar uma infraestrutura confiável e de baixo custo para permitir a negociação de NFTs na China, já que há um grande mercado para o seu uso. Segundo o governos chinês, será oferecido serviços para empresas de NFT em Hong Kong para negócios internacionais envolvendo a emissão de NFTs na China. Assim, eles podem optar por usar a rede BSN-DDC por meio de um gateway ( “nó” de rede equipado para ser uma interface com outra rede que utiliza protocolos diferentes) de Hong Kong.
No momento, mais de 20 parceiros demonstraram interesse no serviço que será proposto, o que torna real a possibilidade da versão chinesa dos NFTs conseguir concorrer com as versões que já existem.
Fonte: Yahoo! Finanças e Livecoins