Na última quarta-feira (27), a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) se manifestou sobre o vazamento de dados envolvendo Serasa que afetou 223 milhões de CPFs e 40 milhões de CNPJs. Em comunicado, a ANPD diz que está apurando tecnicamente informações sobre o caso, e vai cooperar com os órgãos de investigação competentes para descobrir:
- a origem do vazamento;
- a forma em que ele ocorreu;
- as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um plano de contingência;
- as possíveis consequências e os danos causados pela violação.
A partir disso, a ANPD vai sugerir as medidas cabíveis previstas na LGPD para “a responsabilização e a punição dos envolvidos”, junto aos demais órgãos competentes. Dessa forma, a LGPD prevê diversos tipos de punição, desde uma advertência até uma multa de 2% do faturamento anual da empresa, sendo limitada a R$ 50 milhões. Contudo, a ANPD ainda não tem o poder de multar: isso só será possível a partir de agosto de 2021.
Com o vazamento do Serasa, ocorreram vazamentos de CPFs que incluem foto de rosto, endereço, telefone, e-mail, score de crédito, salário, classe social e diversas outras informações de 37 categorias diferentes. Uma amostra desse arquivo era oferecida de graça em fóruns na internet aberta e na dark web. Além disso, uma base com 40 milhões de CNPJs trazia dados como score de crédito, dívidas e lista de sócios.
Como havia informações relacionadas à Serasa Experian nos dois vazamentos, a empresa foi notificada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e pelo Procon-SP para prestar esclarecimentos. Porém, ela garantiu várias vezes que não é a fonte dos dados, e afirmou estar “em contato com os reguladores para auxiliá-los em quaisquer dúvidas”.
O Serasa afirmou que realizou uma investigação aprofundada que indica que não há correspondência entre os campos das pastas disponíveis na web com os campos de dos sistemas onde o Score Serasa é carregado, nem com o Mosaic. Além disso, os dados incluem elementos que não existiam nos sistemas e os dados que alegam ser atribuídos à Serasa não correspondem aos dados em nossos arquivos.
Por fim, para especialistas do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), este caso pode se tornar uma prova de fogo para o ecossistema de proteção de dados, não só a ANPD, como também a relação com outros órgãos de defesa do consumidor e de investigação criminal.
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