O Banco de Compensações Internacionais (BIS), organização que promove a cooperação entre bancos centrais, irá concentrar seus esforços em pesquisas sobre moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e finanças descentralizadas (DeFi).
Desse modo, na última terça-feira (25), o BIS afirmou estar planejando explorar projetos de CBDCs, sistemas de pagamentos de última geração, DeFi e finanças verdes por meio de seu hub de inovação, o BIS Innovation Hub, em 2022. De acordo com o comunicado do BIS:
As CBDCs e as melhorias nos sistemas de pagamentos continuam sendo áreas de foco exploratório, respondendo por 13 dos 17 projetos que estavam ativos em 2021 ou serão lançados em 2022
É importante mencionar que até 2021, existiam pelo menos 64 bancos centrais que estavam explorando uma CBDC de varejo, de acordo com o CBDC Tracker – site que monitora o avanço dessa nova tecnologia. Desse total, 20 foram lançadas ou testadas ou estavam em estágios avançados de exploração.
Entre eles está a China, que iniciou os testes de uma moeda digital, a eCNY, realizando transações no valor de cerca de US$ 9,7 bilhões. Além disso, o Banco Central da Nigéria lançou a eNaira, enquanto o Banco Central Europeu iniciou um experimento de dois anos com uma nova CBDC de varejo.
Diante desse cenário, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, publicou um documento sobre os benefícios e os riscos da implementação de uma moeda digital no país. Outra iniciativa em Londres analisará como indivíduos e empresas podem se beneficiar do desenvolvimento de CBDCs.
No Brasil, o Banco Central do Brasil (BCB), quer ampliar as formas de pagamento no País com o “real digital“, a versão virtual da moeda brasileira e, para isso, lançou no começo de dezembro um laboratório para avaliar possibilidades de uso e a capacidade de execução de projetos com o real digital e prevê começar testes com grupos específicos até o fim de 2022.
Os detalhes sobre finanças descentralizadas (DeFi) ainda são escassos, porém um novo projeto em Hong Kong planeja explorar se as tecnologias de finanças descentralizadas, incluindo blockchain, tokenização e contratos inteligentes.
Fonte: Infomoney