No início de outubro, a plataforma de inovação Distrito revelou que 2021 bateu um novo recorde referente ao investimento de Capital de Risco Corporativo (CRC) em startups brasileiras. De acordo com o estudo desenvolvido pela plataforma, foram investidos mais de 622 milhões de dólares no setor das empresas nascentes neste ano, o que representa três vezes mais que o valor investido em 2020.
Além disso, 70% dos investimentos mapeados ocorreram nos estágios iniciais do ciclo de vida das startups, como rodadas de investimentos em sementes e pré-sementes. Foi observado também que os setores de finanças, varejo, tecnologia, serviços e saúde receberam a maior parcela dos investimentos.
Segundo a pesquisa, a liquidez do mercado e a mudança de comportamento dos consumidores durante a pandemia, bem como das empresas que identificam a aceleração do crescimento decorrente dos investimentos em outras empresas, foram os principais fatores desse boom no mercado das startups.
Com a pandemia e a recessão econômica global, o ressurgimento do CVC (capital de risco corporativo) era esperado. Em situações adversas, a tendência natural seria que as empresas se concentrassem em seu core business, na tentativa de se protegerem de potenciais problemas econômicos. No entanto, ao contrário das expectativas, a CVC tem mostrado sua resiliência no ecossistema de capital de risco mais tradicional. Cada vez mais as grandes empresas entendem que o relacionamento próximo com as startups é um recurso estratégico e fundamental para a sua transformação digital
Bruno Pina, chefe de inovação do Distrito.
Fonte: Leaders League