A Meta, empresa responsável pelo Facebook, foi multada em 265 milhões de euros por não proteger os dados pessoais de mais de 500 milhões de usuários após ataque hacker ocorrido em 2019. Além da multa, também foram aplicadas medidas corretivas para a gigante da tecnologia.
As sanções foram aplicadas pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (CPD), órgão que analisa casos envolvendo a empresa na União Europeia, sendo resultado de um vazamento de cerca de 530 milhões de números de telefones e outras informações após ataque hacker de 2021. Na época, a Meta disse ter detectado o ataque em 2019 e que já havia sanado a falha de segurança que causou o problema.
É importante ressaltar que essa é a terceira vez nos últimos 15 meses que a Irlanda multou a Meta ou alguma de suas subsidiárias, incluindo Instagram e WhatsApp, em casos envolvendo privacidade. Conforme o site Valor Econômico, as sanções já superam US$ 900 milhões.
Em esclarecimento à imprensa, um porta-voz da Meta disse que a empresa vai avaliar a decisão e ainda não decidiu ainda se pretende recorrer:
“A raspagem de dados não autorizada é inaceitável e vai contra as nossas regras. Proteger os dados pessoais é fundamental para administrar nossos negócios […]. É por isso que cooperamos totalmente com a Comissão de Proteção de Dados nesta importante questão.”
Em relação a essa temática, não há como negar que a Europa tem sido rigorosa em relação ao controle das autoridades sobre a atividade das empresas de tecnologia. A CPD, por exemplo, também é responsável por regular a concorrência entre as empresas no Reino Unido.
Desse modo, a CPD informou que deu início às investigações contra a Apple e a Alphabet, dona do Google. O objetivo é verificar se o domínio exercido pelas duas empresas sobre os sistemas operacionais usados em celulares, assim como em jogos eletrônicos em nuvem, prejudica os consumidores.