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Pix terá nova modalidade e será concorrente de cartões de crédito

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Pix terá nova modalidade e será concorrente de cartões de crédito

O pagamento instantâneo brasileiro, desenvolvido pelo Banco Central (BC), Pix, pode ganhar mais uma nova função com o formato de crédito. Essa forma foi denominada de Pix Garantido e vai permitir aos usuários parcelarem suas compras, no mesmo funcionamento de um cartão de crédito. 

Essa nova solução faz parte da agenda evolutiva do Banco Central para o Pix, que já é o segundo meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. O projeto está em fase de teste no sandbox regulatório, ambiente experimental de inovações financeiras do Banco Central e previsão de lançamento BC é para o segundo semestre deste ano.

Este projeto, além de representar mais um passo rumo ao fim do cartão físico, também pode gerar uma verdadeira revolução na indústria de cartões e de meios de pagamentos. Com a concessão do crédito por meio do Pix, a dispensa de uso de um cartão físico e maquininhas deve deixar de lado também as bandeiras e credenciadoras, principais intermediárias das operações financeiras com cartões.

Diante disso, sem esses participantes, as operações devem ficar mais baratas, tanto para o usuário quanto para o lojista. Com as operações na maquininha, as taxas cobradas pelas administradoras variam de 1,5% a 5% para os lojistas, de acordo com Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBCV). Mas, no novo sistema, o lojista não precisará mais pagar essas taxas, podendo ofertar produtos sem o repasse desse custo ao usuário, portanto produtos mais baratos. Enquanto o usuário poderá parcelar suas compras sem pagar nenhuma taxa, os famosos juros aplicados em cima dos parcelados.

Algumas famosas redes de supermercados, como Pão de Açúcar e Extra, já oferecem a solução como meio de pagamento. Além disso, soluções de pagamentos sem uso dos cartões já são utilizadas por alguns novos modelos que surgiram no mercado recentemente, como o PicPay. O aplicativo brasileiro funciona como uma carteira digital e permite que o valor acumulado na carteira possa ser transacionado para pagamento de contas e de compras.

Entretanto, para o especialista da ABFintechs, a solução que vem ganhando popularidade não deve pôr fim aos cartões. “É um passo para transformar o mercado de crédito, mas não representa o fim dos cartões físicos porque o ato de pagar com Pix ainda precisa melhorar muito no ambiente físico”, diz.

Fonte: Veja

Luiz Jovelino
Luiz Jovelino
Graduando em Direito na Universidade Federal de Alagoas, experiência com estudos constitucionais. Atuou como trainee da empresa Júnior Legis. É estagiário na área de Compliance do BL Consultoria Digital.

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