Em decorrência do aumento vertiginoso dos ataques cibernéticos, houve impulsionamento do ecossistema de cybertechs no Brasil e no mundo. Na última década, o setor de cybertechs no Brasil recebeu US$ 388 milhões em investimentos, sendo 70% desse total (US$ 282 milhões) aportados somente nos últimos dois anos.
De acordo com pesquisa realizada pela Inside Cybertech Report, o Brasil conta com 205 startups voltadas à cibersegurança, das quais 45 receberam investimentos nos últimos anos.
Entre as cybertechs que mais receberam investimentos está a startup Unico (antiga Acesso Digital) que captou no início de agosto deste ano US$ 120 milhões em uma rodada série C. Agora, avaliada em US$ 1,02 bilhão, a Unico se tornou a primeira cybertech no Brasil a ganhar o título de unicórnio.
Além disso, o relatório citado demonstrou que 90% dos malwares que geram ataques são entregues por links via e-mail. De outro modo, mesmo sendo fácil esse tipo de roubo de dados, a recuperação pode ser demorada: 34% das empresas que sofrem um atentado do tipo demoram mais de uma semana para recuperar seus acessos. A partir dos estudos, tem-se que a previsão é que, até o fim de 2021, os crimes cibernéticos gerem um custo de US$ 6 trilhões.
Os recentes ataques e grandes prejuízos para as empresas acenderam o sinal de alerta e incentivaram a criação de mais empresas de segurança digital. Diante desse cenário, os números mostram que o setor de cybertechs ainda está em estágio de maturação no Brasil e possui muito espaço para crescer e atrair cada vez mais investidores, seguindo o cenário internacional.
Esta edição do Inside Cybertech Report traz ainda um panorama das startups de cibersegurança voltadas especificamente para soluções de blockchain. Segundo o levantamento, há 26 startups do tipo no Brasil. Três delas receberam investimentos desde 2016, que juntos somaram US$ 538 mil.
Ao observar o cenário internacional, atualmente, 135 empresas de soluções de blockchain para cibersegurança. Cerca de 56 receberam investimentos, 36% (18) delas estão n estágio série A; 14% (8), série B; e 6% (4), séries C e D. As demais receberam aportes anjo ou pré-seed, Ao todo, entre 2016 e 2021, foi levantado US$ 1,3 bilhão internacionalmente.
Fonte: STARTUPI