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Blockchain pode revolucionar remessas monetárias internacionais

Blockchain
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Você já parou para analisar que, cada vez mais, empresas necessitam de trocas de informações rápidas e precisas? Pensou em qual tecnologia as empresas mais competitivas utilizam? E, já imaginou como as instituições financeiras podem aproveitar essa tecnologia para aprimorar as transações dos usuários?  

Em meio a tantas dúvidas é importante falarmos sobre a blockchain e como ela  pode mudar o cenário das remessas monetárias internacionais. Vamos lá!?

O que é e qual a importância da blockchain?

Inicialmente, a tecnologia blockchain pode ser definida como um “livro-razão compartilhado e imutável”, responsável por facilitar todo o processo de registro de transações e de rastreamento de ativos em uma rede empresarial. 

O ativo, de forma geral, nada mais é do que tudo aquilo que pode ser convertido em dinheiro. Sendo assim, os ativos se dividem em tangíveis (casa, carro, dinheiro, terras) ou intangível (propriedade intelectual, patentes, direitos autorais e criação de marcas). Ou seja, qualquer item de valor pode ser rastreado e negociado em uma rede de blockchain, reduzindo os riscos e os custos para todos os envolvidos.

Qualquer empresa que quer se desenvolver e crescer cada vez mais necessita realizar transações rápidas e eficientes. Desse modo, a blockchain foi idealizada justamente para entregar eficiência e segurança, pois ela fornece informações imediatas, compartilhadas e completamente transparentes armazenadas em um livro-razão imutável que pode ser acessado apenas por membros da rede autorizada.

Como as instituições financeiras podem aproveitar essa tecnologia?

Basicamente, no meio empresarial essa tecnologia é utilizada em transações internacionais para que haja a redução dos custos dos pagamentos internacionais. Porém, para realizar esse tipo de ação é necessário que os reguladores enxerguem as entidades individuais como uma rede descentralizada, diferente dos bancos tradicionais. No Brasil, a centralização se dá através do Banco Central do Brasil (BC).

Essa perspectiva de descentralização surgiu através de um documento de trabalho produzido para o Banco de Compensações Internacionais de Basileia (BIS). No documento  foi observado que o atual modelo de sistemas de remessas tradicionais que são utilizados já não são eficientes, pois encarecem o processo.

Diante disso, aplicando-se a tecnologia da blockchain, há a perspectiva de simplificar os atuais sistemas de remessas internacionais, objetivando alcançar o maior potencial possível dessa tecnologia. O estudo também defende que é preciso primeiro se afastar das regras que tradicionalmente assumem que um único player central está no comando.

Além disso, ficou evidenciado que há um conflito constante entre reguladores e o mundo das criptomoedas. Os reguladores temem por seu sistema financeiro e, por isso, os regulamentos tradicionais estão focados somente em instituições como bancos, não sendo fácil encaixar pagamentos de blockchain ou contratos inteligentes nesse modelo.

Ou seja, os reguladores tendem a procurar intermediários sobre os quais podem ser atribuídas obrigações como combate à lavagem de dinheiro (no caso do mercado cripto), às empresas que fornecem serviços de negociações ou carteiras de ativos digitais.

Quais os benefícios da utilização de blockchain?

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De acordo com um estudo encomendado pelo Banco de Compensações Internacionais de Basileia (BIS), os tipos de pagamentos transfronteiriços dependem de parcerias entre bancos, identificados como “correspondentes” no exterior. Sendo assim, nesse tipo de parceria, é possível identificar o surgimento de cartéis que aumentam os preços em conjunto para o usuário final.

Por outro lado, a tecnologia de sistemas distribuídos como a blockchain, podem servir de meio de competição frente ao mercado tradicional. Nesse novo cenário, os provedores de serviços de pagamento podem permitir que as pessoas selecionem facilmente o melhor negócio do mercado.

O estudo também cita a identificação mais fácil do cliente como benefício, o que significa que mais pessoas entram no sistema financeiro sem aumentar os riscos de lavagem de dinheiro. 

Logo, a regulamentação do setor deve se concentrar no livro contábil digital ao analisar como o sistema toma decisões e gerencia riscos, melhorando a eficiência, transparência e segurança da Tecnologia de contabilidade distribuída (DLT). Assim, seria necessário a definição de detalhes exatos fornecidos com antecedência, a partir de um plano de operações que os reguladores devem aprovar.

Por fim, é possível observar que a tecnologia DLT pode reduzir os custos significativamente, apesar desse recurso não ser o único com o objetivo de eficiência e economia em transferências internacionais. Entretanto, os pagamentos internacionais, que facilitam o envio de salários para países em desenvolvimento via remessas, foram a principal motivação para projetos de stablecoin.

Fontes:

Infomoney

IBM

Luiz Jovelino
Luiz Jovelino
Graduando em Direito na Universidade Federal de Alagoas, experiência com estudos constitucionais. Atuou como trainee da empresa Júnior Legis. É estagiário na área de Compliance do BL Consultoria Digital.

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