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Banco Central emite primeiras unidades do Real Digital

Real Digital
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O BC (Banco Central do Brasil) emitiu, de forma experimental, as primeiras unidades do “real digital”. A partir dessa ação, a autoridade monetária brasileira avança para realizar a emissão oficial de sua moeda digital.

O futuro real digital pertence ao mesmo rol de CBDC (Central Banks Digital Currencies) ou moeda digital dos bancos centrais. Sendo assim, o real digital será uma “stablecoins”, ou moeda de valor estável, valendo um real. 

Como consequência, ela se torna diferente de criptoativos como bitcoin ou ethereum, que possuem cotações que “flutuam” diariamente. Os reais serão emitidos em um ambiente de teste, no Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT). Até o final de dezembro, a versão de testes será apresentada.

Essa tentativa de se criar uma moeda digital nacional tem relação com o baixo uso do papel-moeda e a popularidade das transações digitais em todo o mundo.

De que forma o real digital pode afetar os bancos?


A principal implicação dentro do sistema bancário será como as transações ocorrerão. Atualmente, todas as transações tradicionais (Pix, cartões ou débitos automáticos) necessitam de uma “autenticação” bancária, independente de ser conta-corrente, conta-poupança ou uma conta de pagamentos em uma instituição de pagamentos. 

Contudo, com a nova tecnologia, isso não será mais necessário, visto que o real digital ficará em ‘wallets’ e será transacionado entre as entidades que fazem parte da ABBC (Associação Brasileira de Bancos).

Principais riscos e segurança

Como todas as tecnologias emergentes, as moedas digitais trazem controvérsias e  discussões sobre os novos riscos. De acordo com Euricion Soares Pinho, diretor de inovação da ABBC, “Quando as transações financeiras migram de um ambiente bancário regulado para o blockchain, a primeira preocupação é a segurança” […] “Como evitar fraudes e lavagem de dinheiro, por exemplo.” Além disso, há o impacto sobre o sistema financeiro, que o diretor reconhece ainda ser uma incógnita. 

Em comparativo com outras iniciativas de moedas digitais, a mais avançada é o renminbi digital, moeda digital da China. No fim do ano passado, o governo proibiu as transações com criptomoedas clássicas e impediu que cidadãos chineses minerassem ou investissem nesses ativos, em uma tentativa de forçar a circulação da moeda governamental.

Além de aumentar a vigilância sobre as transações financeiras, o objetivo da proibição é facilitar a conversibilidade do renminbi, tornando a moeda chinesa uma referência, assim como o dólar. 

Por fim, pensando na economia e na diplomacia internacional, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e de dezenas de países. Assim, existe a possibilidade das transações financeiras digitais tornarem a moeda chinesa uma reserva de valor, assim como o dólar e o euro.

Fonte: Forbes

Luiz Jovelino
Luiz Jovelino
Graduando em Direito na Universidade Federal de Alagoas, experiência com estudos constitucionais. Atuou como trainee da empresa Júnior Legis. É estagiário na área de Compliance do BL Consultoria Digital.

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