O avanço da inteligência artificial (IA) nas organizações deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade consolidada. De acordo com o relatório de Inteligência Artificial 2025, da IDCA, 87% das empresas já consideram a IA uma prioridade estratégica e 76% afirmam utilizá-la ativamente.
Isso mostra que a tecnologia já está integrada à rotina de tomada de decisão, produção de conteúdo e análise de dados. Mas o crescimento acelerado também exige atenção redobrada às implicações legais, éticas e contratuais desse novo cenário.
Insights do Relatório de Inteligência Artificial 2025: a presença crescente da IA nas empresas
O relatório mostra que:
– 69% das organizações já utilizam IA generativa
– A maioria dos investimentos está sendo direcionada para automação de processos, atendimento ao cliente e análise preditiva
– O uso de IA está diretamente ligado ao aumento da produtividade e à redução de custos operacionais
Apesar dos benefícios, o relatório chama atenção para a falta de preparo jurídico de muitas empresas diante dos riscos associados à tecnologia.
Riscos legais e obrigações regulatórias
A adoção da IA envolve muito mais do que questões técnicas. Também exige uma estrutura legal robusta, capaz de prevenir problemas e responsabilizações futuras. Alguns dos pontos críticos incluem:
1. Conformidade com a LGPD no uso de dados pessoais e sensíveis
2. Responsabilidade por decisões automatizadas ou viesadas
3. Cláusulas contratuais específicas com fornecedores de soluções de IA
4. Ausência de políticas internas que orientem o uso seguro e ético da tecnologia
Sem esses cuidados, as empresas podem ser surpreendidas por processos judiciais, sanções administrativas e danos à reputação.
Como o jurídico pode atuar de forma estratégica nesse cenário?
À medida que a inteligência artificial se torna mais poderosa, também aumenta o potencial de impacto jurídico. O relatório aponta que a economia digital baseada em IA já movimenta trilhões de dólares globalmente, e esse volume deve crescer ainda mais até 2030. Mas enquanto os números impressionam, o que realmente importa para os gestores é entender que o crescimento acelerado da IA não pode ser dissociado de uma estrutura jurídica sólida.
Muitos negócios estão contratando soluções de IA sem cláusulas contratuais adequadas, sem prever a responsabilidade por falhas, sem políticas internas claras e, pior, sem qualquer plano de resposta a incidentes envolvendo uso indevido de dados, viés algorítmico ou erro em decisões automatizadas.
O jurídico, nesse contexto, precisa deixar de ser apenas reativo e passar a atuar como parte estratégica do processo de transformação digital. Empresas que já implementam governança de IA com participação ativa da assessoria jurídica estão mais protegidas e também mais preparadas para responder a exigências da LGPD, do consumidor e de regulações que ainda estão por vir.
Por isso, uma assessoria jurídica especializada em tecnologia, proteção de dados e contratos pode fazer toda a diferença na implementação segura da IA. Veja algumas medidas importantes:
– Revisar contratos com fornecedores de IA para definir obrigações claras e limites de responsabilidade
– Criar ou atualizar políticas internas de uso de ferramentas de IA
– Mapear os fluxos de dados usados por essas soluções e avaliar a base legal de tratamento
– Estabelecer protocolos de resposta a incidentes envolvendo decisões automatizadas ou uso indevido de dados
Essas ações previnem riscos e fortalecem a confiança dos clientes, parceiros e órgãos reguladores.
Relatório de Inteligência Artificial 2025: Oportunidade de amadurecimento jurídico
O que o relatório de Inteligência Artificial 2025 evidencia é que o uso dessa tecnologia cresceu mais rápido do que a maioria das estruturas legais conseguiu acompanhar. Mas ainda é tempo de agir. Avaliar riscos, revisar contratos, estabelecer diretrizes internas e criar mecanismos de supervisão jurídica para o uso da IA são medidas que podem evitar prejuízos financeiros, danos reputacionais e responsabilizações legais.
Este relatório também é um alerta para gestores que ainda tratam a IA apenas como uma inovação tecnológica. Governança e responsabilidade jurídica precisam caminhar junto com o avanço digital. Quanto antes sua empresa integrar esses elementos à estratégia, maior será a maturidade e a segurança para crescer de forma sustentável.
A IA pode transformar o seu negócio, mas só será um diferencial competitivo se for usada com responsabilidade e respaldo legal. Entre em contato com o nosso time de especialistas para saber como podemos auxiliar a sua empresa.
Veja o relatório de Inteligência Artificial 2025 na íntegra: https://www.idc-a.org/insights/0bKr4NJQdK5sYcAQaGZD