Um levantamento realizado pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) e pela Abstartup (Associação Brasileira de Startups do Brasil), que considera dados coletados entre 2019 e 2021, demonstrou um aumento significativo no número de edtechs no Brasil. O setor cresceu 26% durante a pandemia de Covid-19 e atualmente, há pelo menos 566 edtechs ativas no mercado de educação do país.
Os especialistas atribuem essa crescente no setor ao fato da pandemia acelerar um processo de digitalização na educação que já estava em curso. Por conta das medidas de quarentena e isolamento social, muitos passaram a utilizar as vantagens da aprendizagem à distância, o que impulsionou ainda mais as empresas do setor.
Com isso, as edtechs já representam 5,7% das startups de maior destaque no País, as chamadas Emerging Giants (“Gigantes Emergentes”, em tradução livre), segundo análise realizada pelas empresas Distrito e KPMG. De acordo com outro levantamento da plataforma de inovação Distrito, relativo aos investimentos em startups no ano de 2021, as edtechs receberam aporte de US$ 553,6 milhões (cerca de 2,84 bilhões) – no total, as startups brasileiras receberam um investimento total de US$ 9,8 bilhões (mais de 50,4 bilhões de reais).
Em síntese, as edtechs são caracterizadas por empregarem tecnologia para criar soluções inovadoras para a área de educação. O mercado desse setor foi impulsionado a partir do início dos anos 2000 – em 1997, nos Estados Unidos, quando foi criada a primeira edtech, a Blackboard Inc., empresa pioneira no uso do LMS (Learning Management System).
As edtechs também possuem como objetivo a reinvenção dos métodos de aprendizado e a revolução – por meio da tecnologia – dos processos educacionais. Entre as principais tecnologias usadas por estas startups, estão a Robótica, o E-learning, a Gamificação e a Inteligência Artificial (IA).
As empresas focadas em tecnologia e aprendizagem aparecem como uma possibilidade de ferramenta a ser explorada não apenas pelas corporações, mas por profissionais e alunos que estão inseridos nesse novo mundo tecnológico e que necessitam cada vez mais consumir conteúdos de acessos online independente de sua localização.
Diante desse cenário, frente às regulações mais recentes para o setor, as empresas de tecnologia necessitam atender critérios legais e outras questões pertinentes à ética no âmbito empresarial. Para isso, a Assessoria Jurídica Especializada é responsável pela aplicação prática da regulação, a fim de mitigar riscos e proporcionar um crescimento com segurança jurídica para as edtechs.
Referência: Folha Vitória